Operar ou não operar, eis a questão

Meu namorado traduziu um artigo de um estudo feito por vários médicos da Inglaterra em que eles levantam a questão da operação...
Afinal deve-se ou não operar tumores nos quais as chances de recidiva são tão altas como nos tumores desmóides?



Tumores Desmóides: Operar ou não?

The Royal Orthopaedic Hospital, Birmngham, Inglaterra

Objetivos: A melhor opção de tratamento para o tumor desmóide ainda é desconhecido. Nós revimos nossa experiência e relatamos observações na modalidade do tratamento para esse tipo de tumor.

Métodos: Foi realizado uma retrospectiva de todos os pacientes tratados com um time multidisciplinar. Os dados clínicos foram estudados. Informações sobre recorrências foram obtidas, incluindo a duração, progressão, tratamento, duração do tratamento e outras ocorrências subsequentes.

Resultados: 160 pacientes foram acompanhados, durante 49 meses e com aproximadamente 39 anos de idade. Relação de homem para mulher foi de 1:1.
114 pacientes foram detectados no estágio primário da doença e 46 apresentaram recissão. Média do tamanho dos tumores é de 8.6cm (2-25). 147 pacientes fizeram cirurgia com ajuda de radioterapia. Taxa geral de recorrência foi de 41%. Recorrência em pacientes no estágio primário da doença e recorrências periódicas foi de 30% e 60% respectivamente.

Foi detectado que recorrências são mais comuns em mulheres. Margens de resseção não influem na reincidência do tumor.
33 pacientes tiveram observação no tratamento após apresentações ou reincidencias.
22 pacientes (67%) continuaram em estado estável, 3 pacientes em progresso ativo e 8 pacientes fizeram cirurgia por causa da progressão ou dores.

Conclusões: Fibromatosis é uma condição benigna com comportamento agressivo e altas chances de reincidência. Nossa série de experiencias mostra que a reincidência é comum depois de cirurgia, mesmo com radioterapia.
Margens cirurgicas não influenciam o local da reincidência. Apenas observação parece ser a melhor política para aqueles com tumores desmoides que não sentem dores.





#35006 DESMOID TUMOURS: TO OPERATE OR NOT TO
OPERATE

Rafi q H Abed, Adesegun Abudu, Simon Carter, Rob Grimer,
Roger Tillman, Lee Jeys

The Royal Orthopaedic Hospital, Birmingham, United Kingdom

Objectives: The best local treatment for desmoid tumours remains
unclear. We reviewed our experience of treatment of desmoid
fibromatosis and report on observation only modality in the
treatment of desmoids tumours.
Methods: Retrospective review of all patients treated under a
multidisciplinary team was performed. The clinical data were
studied. Information regarding recurrence was obtained including
timing, progression, treatment, timing of treatment and any
subsequent recurrence.
Results: 160 patients were studied at mean follow up of 49 months
and mean age 36 years. Male to female ratio was 1:1.
114 patients presented with primary disease and 46 presented with
recurrent disease. Mean tumour size was 8.6cm (2-25). 147 patients
had surgical treatment with very few having adjuvant radiotherapy.
Overall recurrence rate was 41%. Recurrence for patients with
primary and recurrent presentations was 30% and 66% respectively.
Recurrence was more common in females. Margins of resection had
no influence on recurrence.
33 patients had observation only treatment either at presentation
or after recurrence. 22 patients (67%) remained in stable disease,
3 patients in active progressive disease and 8 patients had further
surgery due to progression or pain.
Conclusions: Fibromatosis is a benign condition with aggressive
behaviour and high recurrence rate. Our series experience is
that recurrence is common after surgery even with radiotherapy.
Surgical margins did not influence local recurrence. Observation
alone appears to be the best policy for those with painless desmoid tumors.

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